Se dúvidas houvesse quanto à dimensão do nosso governo, elas ficaram dissipadas quer nas palavras de ontem à tarde do primeiro-ministro, quer ainda nas do ministro das finanças e de alguns dirigentes socialistas à noite. Apesar de ter recebido um "bónus" do líder do PSD e de lhe dever estar agradecido, o governo mostrou ser pequeno e não estar à altura dos desafios que tem pela frente.
Recordemos algumas dessas palavras:
Primeiro - Ministro " a medida de redução de 5%, nos salários dos políticos não tem impacto financeiro é apenas simbólica e foi tomada a pedido do PSD. Eu prefiro medidas com impacto real e não apenas simbólico...."
Ministro das Finanças "(...) peço é a compreensão dos portugueses, não peço desculpa porque não tenho má consciência..."
Líder parlamentar do PS " (...) se pedisse desculpas demitia-me a seguir..."
Palavras para quê? Isto foi dito no mesmo dia, em que lhes deram o braço, a mão e o seguro de vida. Isto vem afinal demonstrar que o governo não é pequeno por ser minoritário, mas pela simples razão de que os seus membros e apoiantes não têm dimensão. A mim não me causou surpresa e só espero que Passos Coelho perceba que Sócrates e Durão Barroso não estão preocupados com o País; o que os preocupa é tão só o mesmo de sempre: a sua sobrevivência!
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