Defender a PT e a EDP é defender o interesse nacional ou o interesse de quem a administra e gere?
Eu tenho memória e recordo o tempo em que muitos gestores e empresários da nossa praça defendiam a livre concorrência. Alguns não hesitaram em criticar as posições que tive na década de 90, quando lutei contra Maastricht e o modelo de União Económica e Monetária. Eles eram os arautos do mercado, da livre iniciativa, da lei da oferta e da procura.
Desconfiei sempre de muitos e sempre soube ser fácil falar assim, quando se tem o manto protector do governo, seja ele qual for, para garantir negócios e proteger posições.
A prova aí está. Agora falam do interesse nacional, apelam ao Estado, leia-se a Sócrates, para que os defenda e dizem que a Pátria ameaçada não pode deixar de controlar a PT e, futuramente, a EDP.
Mas o que não dizem é que a PT, tal como a EDP, não existem para defender os interesses dos consumidores portugueses. Elas estão aí para garantir negócios aos amigos do regime, para manter nas suas múltiplas empresas subsidiárias lugares de administração a amigos e amigas de ex-primeiros - ministros, para sustentar mordomias e vícios de uns quantos parasitas, que falam do mercado sem nunca terem arriscado um cêntimo de si próprios.
Estes gestores e empresários são a vergonha nacional e são também a causa de muitos dos nossos problemas. Quando estão a ganhar dinheiro dão vivas ao mercado, quando sentem a sua confortável posição em risco pedem ajuda à Pátria.
Eles vivem do Estado e são, sem que ninguém o diga, os grandes pensionistas do erário público. Por sua conta e nosso exclusivo risco gerem empresas duma forma simples e cristalina. Quando há lucro fazem a respectiva repartição entre si, quando há prejuízo entram no nosso bolso.
Assim é fácil ser empresário e defender o mercado, mas assim é também muito fácil destruir um País. Como aliás já se viu!
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