sexta-feira, 21 de maio de 2010

A propósito do veto - O enterro dos valores

Nesta minha estreia após tão honroso convite, deixem-me dizer que é verdade que o veto iria apenas adiar a realidade final. Sob o ponto de vista pragmático, tecnocrático (aqui está uma expressão do Cavaquismo que caiu em desuso) da decisão política o veto seria uma não necessidade.

Só que a política não deve ser feita apenas de decisões pragmáticas. Mais! A neutralidade da decisão não existe. Mesmo quando se pretende sê-lo opta-se de forma que altera o status quo com implicações na sociedade.

Desde há vários anos - tantos - ouvimos falar no fim das ideologias, no centrão, na real politik, na... Sendo tudo isso certo, nunca ouvimos falar no fim dos valores: sociais, morais, civilizacionais.

Eu poderia compreender que, por aparente insanidade, Cavaco Silva mudasse de valores civilizacionais e considerasse agora que o conceito de família deveria ser alterado de forma a incluir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Que ele achasse um avanço civilizacional ter alguém do mesmo sexo que um filho a chamar-lhe "querido sogro".

O que eu não compreendo, por muito que tente, é ter alguém que diz eu não concordo, eu acho que o país deve discutir o assunto, eu acho que há outros modelos e soluções mais apropriados e depois, por causa da situação financeira do País, fazer como Pilatos e lavar daí as suas mãos.

Ia dar ao mesmo? Pois ia! Mas o Presidente da República, como mais alto magistrado da Nação deve em momentos chave em que estão em causa os valores civilizacionais, dizer ALTO! O País, os portugueses não concordam! A maioria sociológica discorda.

Ao dizer que por causa da situação financeira não se deve pôr em causa diplomas civilizacionais, o PR abriu a porta a outras leis fracturantes como a eutanásia e a adopção pelos casais do mesmo sexo. A porta ficou aberta. O BE vai ficar quieto?

Curioso é o comentário do Miguel Félix António ao post do António Tavares. Será que alguém sabe o que aconteceria se o PR não promulgasse a lei caso ela fosse aprovada de novo? Teríamos um processo legal de destituição? Com decisão nas calendas gregas?

Quanto a mim, prefiro votar Alegre do que Cavaco nas próximas eleições. Pelo menos sei com o que conto... Não se arranja um Basilio Horta 2?

3 comentários:

  1. eu cá vou tirar meu dinheirinho do banco ...trai larai larai ..
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  2. Meu caro Xavier:

    Que feliz fiquei por te ver a dissertar neste blog, que conheci por teu intermédio, acerca desta questão xanfrada de se dar aos homens e às mulheres o direito (meu Deus, que direito!) de casarem entre si, independentemente das características biológicas e das gonadas de cada um.
    Dizia-me um amigo há dias que não fará nada, absolutamente nada, para combater este estado de bovinidade nacional, porque a solução é que a sociedade morra de doença fatal, a insanidade a que nos tem levado a oligarquia e plutocracia reinantes.
    Do Dr. Aníbal eu já não esperava outra coisa! Ainda me lembro de um dia, era ele primeiro-ministro, estar ele a perurar de cima de um estrado para não sei que quejanda assistência, toda esquerdalhota, e referir que era preciso cuidar do valor família. Dito isto, a arraia presente irrompeu ullulante com assobios estridentes. Logo o Dr. Aníbal se apressou em se retratar, cuspinhando pedidos de desculpa, que não era aquilo que ele queria ter dito.
    Fiz-lhe uma cruz por cima naquele redondo momento! "Vade rectro, Aníbal", que eu já te tirei a fotografia!
    Pois este teu amigo, apesar deste episódio macabro, ainda teve a distinta lata de, malzinho da cabeça of course, ir votar no Dr. Aníbal, para assim impedir que aquele velhinho alquebrado, que já foi Presidente e antes tinha vendido a Pátria ao retalho, não voltasse para o poleiro (local onde as galinhas se pernoitam).
    Caro que não repetirei a graça e, só cá à minha conta, posso-te dizer que já garanti doze desvotos no Dr. Aníbal.

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  3. Na penúltima linha, onde diz "se pernoitam" leia-se "pernoitam, e na última, onde diz "Caro" leia-se "Claro".
    Agora sim, PROMULGO.

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