"A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos."
Como não podia deixar de ser os países anglo saxónicos têm «espaços» para a Revolta, as ONG que surgem como espaços de contestação e de reinvindicação de cidadãos, os think tanks. A Europa Continental, onde a cidadania esá bem menos desenvolvida e onde a sociedade civil não se vê a si mesma como um controlo e um travão dos outros poderes, não tem, de facto espaços públicos ( no sentido de coisa pública, da acepção grega de cidade e não no sentido nacional de público porque do Estado e suportado pelo Estado )de Revolta. No entanto, aqui ao lado, na vizinha Espanha, um homem público, erradamente proclamado pela comunicação social, como o juíz dos juizes (o que mais uma vez permite aferir a ignorância generalizada dos profissionais da comunicação social e constatar que técnicos de noticias temos em excesso já jornalistas escasseiam) Baltazar Garcón, que como juíz não é melhor nem pior que tantos outroa magistrados, mas que como cidadão compreendeu, desde logo, que as vitimas ( os que sofrem, os esquecidos, os que não têm quem os ouça) são cidadãos de pleno direito e não estão isolados na medida em que há mais vitimas. Pô-las em contacto, dignificá-las, elegê-las como interlocutoras tem sido o tributo de Garcón ao seu país.Em Espanha, e sob o patrocinio deste homem criaram-se Plataformas de combate ao narcotráfico, constituidas por mães e pais de toxicodependentes. Garcón recebeu-as como assistentes nos processos, ouviu-as e, quantas vezes não lhes entregou os preciosos bens dos traficantes, que desta forma não só foram declarados perdidos a favor do estado, como, e bem mais do que isso, passaram a ser utilizados directamente no combate ao narcotráfico. Este é um passo num caminho que se faz caminhando... Em Portugal onde estão os cidadãos? Porque permitem, mais uma vez, que o espaço público da Revolta seja utilizado com puros fins de projecção de egos (a que em Portugal se tem vindo a chamar politica?). Veja-se a este propósito Manuel Alegre e o seu movimento. Pretendeu-se um movimento de cidadãos livres ou um partido - ultrapassando os formalismo legais -? Os cidadãos não podem permitir, que um espaço que é seu por direito se transforme num espaço de ajuste de contas politico. E não o podem permitir porque é Portugal, como ideia, como projecto, que está em causa.
Como não podia deixar de ser os países anglo saxónicos têm «espaços» para a Revolta, as ONG que surgem como espaços de contestação e de reinvindicação de cidadãos, os think tanks. A Europa Continental, onde a cidadania esá bem menos desenvolvida e onde a sociedade civil não se vê a si mesma como um controlo e um travão dos outros poderes, não tem, de facto espaços públicos ( no sentido de coisa pública, da acepção grega de cidade e não no sentido nacional de público porque do Estado e suportado pelo Estado )de Revolta. No entanto, aqui ao lado, na vizinha Espanha, um homem público, erradamente proclamado pela comunicação social, como o juíz dos juizes (o que mais uma vez permite aferir a ignorância generalizada dos profissionais da comunicação social e constatar que técnicos de noticias temos em excesso já jornalistas escasseiam) Baltazar Garcón, que como juíz não é melhor nem pior que tantos outroa magistrados, mas que como cidadão compreendeu, desde logo, que as vitimas ( os que sofrem, os esquecidos, os que não têm quem os ouça) são cidadãos de pleno direito e não estão isolados na medida em que há mais vitimas. Pô-las em contacto, dignificá-las, elegê-las como interlocutoras tem sido o tributo de Garcón ao seu país.Em Espanha, e sob o patrocinio deste homem criaram-se Plataformas de combate ao narcotráfico, constituidas por mães e pais de toxicodependentes. Garcón recebeu-as como assistentes nos processos, ouviu-as e, quantas vezes não lhes entregou os preciosos bens dos traficantes, que desta forma não só foram declarados perdidos a favor do estado, como, e bem mais do que isso, passaram a ser utilizados directamente no combate ao narcotráfico.
ResponderEliminarEste é um passo num caminho que se faz caminhando...
Em Portugal onde estão os cidadãos? Porque permitem, mais uma vez, que o espaço público da Revolta seja utilizado com puros fins de projecção de egos (a que em Portugal se tem vindo a chamar politica?). Veja-se a este propósito Manuel Alegre e o seu movimento. Pretendeu-se um movimento de cidadãos livres ou um partido - ultrapassando os formalismo legais -? Os cidadãos não podem permitir, que um espaço que é seu por direito se transforme num espaço de ajuste de contas politico. E não o podem permitir porque é Portugal, como ideia, como projecto, que está em causa.