O novo governo da Eslováquia, da PM Iveta Radicova, decidiu não continuar a participar na linha de crédito europeia de apoio à Grécia, com a qual se comprometera em 816M€ este ano, por entender que os países pobres não devem pagar excessos das nações mais ricas. Para esta linha de crédito, de um valor total de 110 MM€, Portugal contribui com 2,064MM€ ao longo de três anos. Esta é uma medida que ilustra na perfeição o actual estado de alma e de coesão da UE – falta de solidariedade, de liderança, desrespeito pela palavra dada, preterição do interesse comum, prevalência das estratégias e dos interesses nacionais. Vinda de um dos Estados do alargamento e da coesão, dos que mais aproveitaram da solidariedade europeia, é todo o contrário do vasto acervo e conjunto de princípios que nos foi legado e ensinado pelos pais fundadores. Se indicia a estrada e o rumo que a UE está a trilhar, a certeza que podemos ter é a de que o destino final não poderá ser algum lugar promissor e esperançoso.