Ao vetar a venda da Vivo à Telefónica o governo socialista não foi contra a empresa espanhola, foi contra a vontade dos accionistas que maioritariamente votaram a favor do negócio.
E esta posição vai ter reflexos negativos no futuro da empresa. Os actuais accionistas ficam a saber que a sua posição vale zero sempre que for contrária à vontade do governo, deste ou de qualquer outro, o que os deverá levar a pensar se faz sentido continuarem como detentores de acções de uma empresa, onde quem manda é o poder político; para o futuro duvido que haja quem quem queira investir sabendo que as suas opções de venda dependem da autorização governamental.
Um governo comunista não faria melhor. O que hoje se passou tem uma importância decisiva no futuro da economia portuguesa. O socialismo, mesmo que disfarçado de liberal, não deixa nunca os seus créditos por mãos alheias e a prova aí está.
Seria muito mais honesto e sério que o governo nacionalizasse a PT, porque então já todos saberíamos que estávamos diante uma empresa do Estado. Esta atitude do governo legitimava uma moção de censura. Esta sim e não outras que mais não são do que folclore para enganar o zé povinho.
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