terça-feira, 8 de junho de 2010

CONHECE O SISTEMA?

Falar do sistema, criticar o sistema e evocar o sistema é um lugar cada vez mais comum. Quando não há argumentos para explicar erros, más opções, indicar responsáveis, fala-se do sistema com uma facilidade digna de realce. Mas afinal o que é o sistema? E o que é o sistema num país pequeno, onde todos somos primos e conhecidos, onde quase todos pedimos um favor a alguém e onde muitos profissionais são procurados e contratados não pela sua inteligência ou competência, mas pelo seu nível de contactos e de relacionamentos?

O sistema pode estar sentado ao nosso lado, tem carne e osso, tem nome e é perfeitamente identificável. Numa sociedade onde o Estado está por todo o lado, o sistema não é pessoa incógnita e mudá-lo significa mexer na vida de muitos.

Já todos o sabem, mas poucos o querem reconhecer.

4 comentários:

  1. O problema não é o Estado estar em todo o lado, se calhar até está, o problema é quem abusa do Estado.

    E não é com a redução do estado que isso se resolve. Resolve-se com uma justiça capaz e principalmente dissuasora.

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  2. Quando o Estado está em todo o lado, tomar conta do Estado é barato e dá milhões, logo há sempre uma multidão disposta a tudo para tomar conta daquilo. E como a Justiça está nas mãos do Estado, quem toma conta do Estado toma também conta dela, da Justiça... para a "capacitar" ? só se fossem parvos e, como a experiência comprova à saciedade, não são nada parvos, os rapazes...

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  3. Essa é de facto a grande questão. Será que pode mudar o sistema quem dele beneficia ou beneficiou?
    Será que as vozes da crítica fácil pretendem uma mudança de "sistema" ou apenas procuram ocupar o lugar daqueles que vão caindo?
    Será que os que não se alimentam do "sistema" são suficientes para protagonizar qualquer alternativa?

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  4. Claro, Nuno! Já alguém viu um porco a virar a gamela onde está a comer? Às vezes acontece, mas só quando está a fuçar com demasiado empenho.. mas há logo outro, mais atento, que a endireita e como há sempre uma população cordata para a encher, o Mundo da Gamela entra logo nos eixos...

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