Nas sociedades há um sempre um grupo de bem pensantes, conhecedores da verdade, possuidores da inteligência, que nos dizem o que fazer, como fazer e nos indicam mesmo os motivos para seguirmos um determinado caminho.
A esse grupo pertencem políticos, jornalistas, analistas, comentadores, economistas, gestores e ainda uma razoável quantidade de apêndices sempre prontos a dizer ámen e a repetir a voz dominante.
E ai de quem se atreva a contradizê-los. As suas armas estão sempre afiadas para combater ferozmente os que se opõem e pensam diferente. Eles têm sempre "razão" e majestaticamente, na escassez de argumentos, rematam quase sempre com uma eloquente tirada "não há alternativa e lá fora pensam e fazem o mesmo".
Agora, diante a catástrofe, voltam impunes, arrogantes, muitas vezes com a imbecilidade que os caracteriza, a apontar soluções para os erros por si próprios cometidos.
Na simplicidade de quem não pertence a tal importante clube limito-me a perguntar: se não tinham, nem tiveram, razão há motivo para acreditarmos que a possuem no presente?
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