" E canta como lá se embarcaria
Em Belém o remédio deste dano,
Sem saber o que em si ao mar traria
O grão Pacheco, Aquiles Lusitano.
O peso sentirão, quando entraria,
O curvo lenho e o férvido Oceano,
Quando mais n`água os troncos, que gemerem,
Contra sua natureza se meterem."
Os Lusíadas, Luis de Camões
Boa tarde.
ResponderEliminarÉ isso...contudo hoje,hoje um conjunto contraditório de sentimentos me inunda o pensamento...olhar para trás e constatar a bravura e dos nossos herois em busca de tudo no desconhecido e hoje,hoje olharmos para a frente e não confiarmos no "comandante". É triste e preocupante.Mas hoje,hoje é dia de dizer:VIVA PORTUGAL!!!
José Francisco Silva Santiago
Albergaria-a-Velha
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa