A ERC, Entidade Reguladora da Comunicação Social, tem sido notícia e por más razões. Não é de agora, mas os factos relatados, e revelados, nos últimos dias dão um testemunho pouco dignificante de uma Instituição que perdeu o respeito de muitos e ganhou a indiferença de muitos mais.
Atolada num pãntano que ela própria criou, a ERC não anda, a ERC patina. E patina não tanto pelo conteúdo, ou pela falta de substância, das suas decisões, mas pela incompreensível, inaceitável, absurda, quantidade de declarações produzidas por um presidente que do alto do seu pequeno olimpo se julga imune à critica e pensa poder dizer o que o mais elementar bom senso desaconselharia.
A propósito do "caso Mário Crespo", a ERC decidiu como bem lhe aprovou. Está no seu pleno direito, como todos estamos no direito de julgar que o julgamento é errado. Porém, o que espanta - ou talvez não espante - é o facto do dito presidente se ter sentido na necessidade (vá-se lá saber porquê?) de afirmar que a também dita decisão tinha sido tomada por unanimidade. Unanimidade que afinal não só não não existiu, como não poderia ter existido atendendo ao facto de pelo menos um dos membros da Direcção não ter participado na reunião.
Contrariado e desmentido o dito presidente encolhe-se e não se demite. É isto que temos e o que temos é mau, muito mau. E não parece que o deixemos de ter tão cedo, pelo menos enquanto os critérios de designação dos membros de tais entidades se mantiverem inalterados e inalteráveis. A ERC, tal como está, é simplesmente insustentável ainda que isso pareça não incomodar quem desta forma a preside!
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