O afã e a sofreguidão com que comentadores e políticos, incluindo militantes do PSD que não apoiaram Passos Coelho na luta pela liderança do partido, atacam ferozmente a proposta da Comissão interna designada para apresentar o projecto de revisão constitucional do partido, faz com que não possa deixar de saudar o seu aparecimento como base de discussão do que queremos ser como país nos próximos anos.
Quanto à crítica de que não é oportuno desencadear o processo de revisão constitucional (quando o actual Parlamento tem poderes constituintes e decorreu já na prática 1/4 da duração da legislatura) faz-me lembrar os que entendem que mais vale deixar para amanhã o que se pode fazer hoje...
E que tem sido com essa máxima orientadora que o país está como está.
Quanto à substância da proposta, gostava que a esquerda nos comentários e observações que produz não tratasse os portugueses como atrasados mentais.
E que o CDS em vez de dizer algo impercetível, ajudasse a defender algumas das soluções apontadas neste projecto - designadamente, em matéria de Saúde e Educação - que, desde que me lembro, sempre foram bandeiras políticas da direita que não se envergonha de o ser.
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