Durante muitos anos contestei o modelo de União Europeia seguido, mas os sábios do regime criticaram a contestação; durante muitos anos afirmei que Portugal tinha perdido a sua soberania, para tomar decisões em matérias relevantes para o interesse nacional, mas os sábios do regime diziam que essas afirmações não tinham sentido, no novo mundo a que estávamos a aderir; durante muitos anos lamentei o facto de aceitarmos Tratados europeus que passavam para Bruxelas a última palavra sobre assuntos internos da nossa casa, mas os sábios do regime ignoraram o lamento e aprovaram os referidos Tratados sem acautelar mínimos de sobrevivência para a vontade política nacional.
Agora vejo esses sábios, os mesmos que desdenharam os avisos, que atacaram os reparos e as chamadas de atenção, a evocar o interesse nacional esquecendo que isso já quase não existe no tal novo mundo a que quiseram pertencer. Afinal estes sábios valem ainda menos do que eu próprio pensava e a sua convicção no que quer que seja é coisa nenhuma. Estes sábios não prestam e todos os dias dão provas da sua imensa ignorância.
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