terça-feira, 16 de março de 2010

“Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”


Frase de Cícero dirigida a Catilina no senado romano: " Até quando, Catilina, abusarás tu da nossa paciência?"


É a pergunta a fazer à tecnoestrutura de medíocres que há dezenas de anos tomou conta do Ministério da Educação e que se auto-reproduz segundo o mesmo formato, sem desfalecimento, sem um desvio, por milimétrico que seja, à ortodoxia reinante, ano após ano, década após década. Uma máquina que tritura ministros, professores e alunos. Uma máquina que se alimenta a si própria e vive sobre si própria cega e surda à realidade.


Maltratado pelos colegas, um aluno suicida-se; maltratado pelos alunos, um professor suicida-se; Em três anos, 600 professores apresentam queixa de maus tratos infligidos pelos alunos.Se pensarmos que a maioria dos professores não apresenta queixa, temos um bom quadro da situação. A escola transformou-se numa fábrica de analfabetos onde impera a lei da matilha e a lei do mais forte. E isto perante o sorriso beato e complacente das direcções das escolas, das Drel e das Dren da vida, e do templo, aparentemente indestrutível, erguido a este deus obscuro ali à 5 de Outubro.


“Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”


O Convento de Mafra tem um número de pisos abaixo do solo igual ao que tem acima do solo. As entradas para os subterrâneos encontram-se hermeticamente fechados, porque habitados por centenas de milhões de ratos

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O candidato a 1º Ministro que prometa selar as portas da 5 de Outubro e devolver as escolas à sociedade civil e ao bom senso da sociedade civi, terá o meu voto entusiástico e, julgo, o de muitos e muitos portugueses. Estamos todos fartos daqueles subterrâneos onde, dia a dia, com uma constância e uma tenacidade espantosas, se cozinha a destruição de uma geração após outra de portugueses...


... "Até quando, Catilina, abusarás tu da nossa paciência?"

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