quinta-feira, 11 de março de 2010

11 de Março

São extraordinárias estas declarações de Vasco Lourenço http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=165378

Faz hoje 35 anos, estudava eu no 3.º ano (actual 7.º ano) do Colégio Militar, que se deu o "11 de Março". Nesse dia e nos dias seguintes que conduziram o país ao "Verão Quente" desse ano, Portugal mergulhou mais fundo numa onda avassaladora de extremismo esquerdista, com nacionalizações e ocupações indiscriminadas (não digo selvagens, porque isso é um pleonasmo...), saneamentos e prisão de cidadãos cujo único "crime" era serem contra o desvario reinante, a indisciplina que grassava e a desordem instalada.

As consequências dessa loucura revolucionária ainda hoje se fazem sentir, designadamente pelos espartilhos introduzidos na Constituição, que perduram, designadamente em matéria de política económica. Portugal foi então lançado numa deriva radical que só foi "moderada" em 25 de Novembro.

É pois, muito engraçado, ver Vasco Lourenço apontar as culpas a Spínola, militar patriota e generoso, destemido e impoluto, cujo único erro foi, porventura, ter-se demitido a 28 de Setembro do ano anterior e não ter conseguido a partir das funções de Presidente da República, que ocupava, estancar o que já então estava em marcha, com o beneplácito de muitos que hoje já esqueceram as arbitrariedades que consentiram.

Só uma curiosidade: 1975 ficou para os anais da história do Colégio como "o ano da balda"..., porque seria?

1 comentário:

  1. Belos tempos! Foi de facto uma grande rebaldaria mas a malta divertia-se à brava! A ressaca é que tem sido tramada...

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