Atarefados em saber como saímos da situação em que estamos, poucos se preocupam em perceber como aqui chegámos. Nem uma palavra, uma que fosse, para assumir os erros, as estrátégias erradas, as opções falhadas, os caminhos mal escolhidos. E não faria mal a ninguém se a tivessem dito. Não faria mal se tivessemos a humildade de reconhecer como procedemos erradamente, quando após a adesão à CEE vendemos a agricultura, as pescas, a valorização do que já sabiamos fazer; não faria mal se tivessemos a humildade de perceber que a aposta desenfreada no sector da construção e das obras públicas, nos atrasou irremediavelmente em muitos outros sectores; não faria mal se tivessemos a coragem de assumir que regredimos, em vez de avançar, na educação; não faria mal se tivessemos a frontalidade de perceber que durante muitos anos subimos, mas nunca crescemos.
E enquanto não formos capazes de fazer este simples exercício dificilmente conquistaremos o futuro.
"Nem uma palavra, uma que fosse, para assumir os erros, as estrátégias erradas, as opções falhadas, os caminhos mal escolhidos. E não faria mal a ninguém se a tivessem dito."
ResponderEliminarAutobiografia?
Nem uma palavra, uma que fosse, para assumir os erros, as estrátégias erradas, as opções falhadas, os caminhos mal escolhidos. E não faria mal a ninguém se a tivessem dito.
ResponderEliminarAutobiografia?