sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bastonário da Ordem dos Médicos acordou tarde....

É de saudar as críticas hoje efectuadas pelo Bastonário da Ordem dos Médicos à Entidade Reguladora de Saúde. Pena é que depois de algumas críticas iniciais à ERS efectuadas pela Ordem há cerca de 4 anos, tenha estado todo este tempo calado e só agora tenha acordado.

Se calhar porque o tema é polémico. Se calhar porque há eleições para a Ordem no fim deste ano. Se calhar porque ganhou o hábito de outras corporações que por aí andam, de defender apenas os "grandes". Daí se ter esquecido dos muitos que andaram este anos todos a pagar taxas para uma entidade que não tem grande trabalho efectivo. Já agora, se os privados pagam multas e coimas quando a ERS acha que há ilegalidades, porque é que os públicos não hão-de pagar e se há-de mais uma vez falsear a concorrência?


Pedro Nunes defende extinção da Entidade Reguladora da Saúde

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu, esta sexta-feira, a extinção da Entidade Reguladora da Saúde. Trata-se do mesmo organismo que pretende aplicar multas no valor de quase 200 milhões de euros aos hospitais.

Em declarações à TSF, Pedro Nunes disse ter ficado estupefacto por a «ministra da Saúde ainda considerar a hipótese de pagamento seja do que for à ERS», sobretudo num clima de «crise económica» e de «fecho de clínicas pediátricas, porque não há dinheiro para pagar horas extraordinárias».

«Estamos a cortar nos medicamentos para doenças graves, como a oncologia, porque estamos numa crise económica grande», sublinhou. Pedro Nunes disse ainda que não concebe que num clima como este se pague 200 milhões a uma «entidade rigorosamente inútil».

«O que é de exigir imediatamente ao Governo é que extinga a ERS, porque é uma entidade inútil que perturba o funcionamento do sistema de saúde e neste momento leva os hospitais a uma incapacidade efectiva de tratar doentes», atirou o bastonário.

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