segunda-feira, 5 de abril de 2010

VALENÇA E AS URGÊNCIAS

Durante muitos anos os governos, todos eles, prometeram o que não tinham para dar e deram o que não podiam sustentar. Foi assim na Saúde, foi assim na Educação, nos Subsidios e até em muitas infraestruturas.

Agora, longe de reconhecerem o erro e de assumirem falhas na condução e na gestão, os políticos têm um grave problema nas mãos: desfazer a ilusão. É disso que se trata quando encerram serviços, se reduzem beneficios e se retiram bens.

Mas, à margem desse real problema do País, há uma questão que deve ser colocada: pode o Estado abandonar os seus locais de fronteira? Ou isso já não tem interesse, nem relevo? E este é um problema político, da maior relevância. Se para as populações de Valença o que conta é a satisfação dos seus interesses, para o Estado deveria contar muito mais. Valença tem um significado histórico, cultural, estratégico e político, que não poderá nunca ser esquecido. Porém, estes assuntos já parecem menores para o grupo que ano após ano se encarregou de vender Portugal.

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