sábado, 9 de outubro de 2010

João Ferreira do Amaral

Conhecem João Ferreira do Amaral?

É Prof. do Instituto Superior de Economia e foi assessor do Presidente da República Jorge Sampaio.

Discreto, sem querer chamar a atenção sobre si próprio, publicou livros na década de 90, alertando, explicando, avisando, sobre o que poderia acontecer à economia e às finanças portuguesas, quando aceitamos o euro com uma paridade demasiado elevada.

Ninguém (ou quase ninguém) o ouviu e quis ouvir.

Hoje tudo ou quase tudo do que ele previu está aí. É raro aparecer nas TVs e mesmo quando aparece tem a postura dos grandes senhores, sem pedir responsabilidades a quem desdenhou os seus conselhos e ensinamentos.

Leiam-no e perceberão que em Portugal nem todos são iguais.

2 comentários:

  1. Pois é, o Prof. Ferreira do Amaral, num livro que escreveu em 2002, Contra o centralismo Europeu, previu a situação actual.
    Infelizmente ninguém lhe deu ouvidos e que eu saiba, esta obra só foi citada numa entrevista que lhe fizeram na TSF e noutra no Canal 2 da TV.
    Seria boa ideia perguntar-lhe agora como é que poderemos sair do imbróglio em que estamos metidos.

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  2. Meu caro Raio, como sair do Imbróglio em que estamos metidos? não é preciso perguntar a nenhum excelso economista, pois qualquer camponês de bom senso dará a receita: trabalhar mais e gastar menos e exigir ao Estado que faça o mesmo. Claro que este camponês seria logo apelidado de perigoso neo-liberal, nome dado hoje ao bom senso em Economia...

    ...E se tivéssemos seguido esta receita quando entrámos no euro, meu caro Manel, a paridade nunca se revelaria demasiado elevada. Acusar o euro e a UE de todos, ou parte dos males que nos são endémicos, é mais uma forma de nos desculpabilizarmos a nós próprios e à plêiade de honrados, iluminados e impolutos cidadãos que nos têm governado. É bom que as fasquias sejam altas, é com fasquias altas que os homens e os povos vão longe. Mas nós e os gregos (uns gajos porreiros também eles, porque isto é tudo malta porreira) sentamo-nos na relva do estádio a picnicar e agora choramos porque acabaram o salpicão, as chamuças e o vinho tinto ... e nos apresentam a conta do almoço.

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