O tema fundamental que Pedro Passos Coelho tem que obrigar o PSD a entrar a fundo - se quiser, como pelo menos se denota ser a sua vontade e determinação, liderar uma alternativa política (e não uma mera rotatividade de pessoal político) não socialista em Portugal e galvanizar para essa batalha os portugueses - é o do papel que o Estado deve ter na sociedade. É este o grande debate que é preciso fazer, com convicções, com clareza e sem tergiversações. E com pedagogia, elemento indissociável da boa forma de fazer política.
Bem sei, que os partidos e os seus principais dirigentes, fogem de entrar nessa discussão. Ela é incómoda, não será popular e pode à primeira vista comprometer vitórias eleitorais em eleições nacionais. E, porventura, pior, exige estudo, análises comparativas, reflexão...tudo elementos pouco compagináveis com a agenda dos meios de comunicação social...
Mas é imprescindível, para quem acredita, como penso ser o caso de Passos Coelho, que a política é bem mais do que proferir frases desgarradas para fazer títulos e manchetes. E muito, muito mais do que distribuir cargos, com os quais nada se faz, a não ser mencioná-los nos cartões de visita. Porque quem quer liderar tem que ousar e tem também que ser pro-activo.
Primeiro, que política de Defesa e, em consequência, que modelo de Forças Armadas; assente no Exército, ou, com maior pendor, atendendo à geometria do nosso território, nas componentes marítima e aérea?
Em qualquer caso, com que instrumentos, com que meios, em função da escassez de recursos e das prioridades que se entendem como as mais adequadas? E aí podemos então chegar, por exemplo, à discussão dos submarinos.
Antes de percorrer o caminho, debater submarinos, a propósito de eventuais situações que são susceptíveis de configurar o crime de corrupção, é extemporâneo e permite as maiores tiradas demagógicas sobre o assunto.
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