sábado, 3 de abril de 2010

Contrapartidas

As verdadeiras contrapartidas na politica portuguesa passam pelos acertos de contas entre membros de diversos partidos. Ou pelos não acertos. Tudo funciona como no tempo da defunta União Soviética face aos EUA. Combatiam - se em publico, mas entendiam -se, em inúmeras circunstâncias, em privado. A guerra total era impossível. O poder de ambos os lados impedia o confronto directo e global. A destruição para ambas as partes seria imediata.

Passa -se o mesmo na politica portuguesa. Os partidos do sistema sabem de mais uns dos outros. E sabem o suficiente para não se agredirem para lã de um certo limite. E por isso, só por isso, que a corrupção não tem fim. Se de um lado esta a Face Oculta, ou o Freeport, do outro estão os Submarinos, os Portucale, os Casinos de Lisboa. O jogo esta preparado para o empate, para que ninguém seja verdadeiramente incriminado, para que tudo não passe de um imenso circo alimentado por noticias bombásticas que tanto surgem, como depressa desaparecem.

Não e por acaso que as leis são cirurgicamente mudadas e com um apoio muito amplo. Mas disso a opinião publica sabe pouco e nada lhe chega.

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