quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os PORTOS do FUTURO

Portugal é um país de curta memória e nada do que hoje se diz é confrontado com o que ontem se proferiu e fez. Lamento. E lamento não por qualquer revivalismo, mas apenas pelo tempo perdido.

Houve uma época em que os dirigentes viraram as costas ao Mar e de frente para a terra, leia-se União Europeia, juraram que as estratégias marítimas não transportavam progresso. O que contava era a rodovia, as obras públicas, a construção desenfreada. Abateram-se barcos de pesca, destruiu-se a marinha mercante e de forma ligeira desprezaram-se os portos nacionais.

Foi a mesma época em que defender os produtos nacionais era tabu, sinal de anti-europeísmo, tique de nacionalismo retrogrado.

Tenho pena de tanto tempo perdido e mais pena tenho de não ver humildade nalguns altos dirigentes que agora proclamam o contrário. Desejava apenas que fizessem uma simples afirmação: afinal também me engano e por isso peço desculpa aos Portugueses.

Mas que importa isso se quase ninguém tem coragem para ter memória!

1 comentário:

  1. Cesinha disse:

    Este post está excelente na medida em que nos mostra um grande sentido de auto - critica!Parabéns, pena é que o país tenha perdido um grande político e um estadista desta dimensão!Bem haja!

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