Anda meio País a debater as causas próximas e remotas da rescisão do contrato que ligava a Federação Portuguesa de Futebol a Carlos Queirós mas ninguém põe em causa (seja a opinião pública, seja a opinião publicada) a afronta que representa para a grande maioria dos portugueses (arriscava mesmo dizer para a totalidade dos portugueses) o facto de o ex-seleccionador ser remunerado (e agora indemnizado)por um valor verdadeiramente pornográfico.
A bem dizer, parece que a grande maioria dos portugueses (mesmo aqueles que se encontram desempregados ou em vias de o ficarem, aqueles que têm salários em atraso, os que se debatem com prestações bancárias em dívida e penhoras às costas e ainda aqueles que auferem uma pensão mísera) pouco se incomoda com tamanha injustiça, embora sintam uma pérfida inveja se o sortudo não for artista do circo futebolístico e tiver qualquer outra ocupação.
Com um povo destes não há país que resista!!! Tem o que merece!!!
Os milhões do futebol são gerados por pessoas que voluntariamente o entregam ao futebol. Não me incomoda nem um milímetro. A convenção de que o capital TEM DE ter um retorno infinitamente superior ao trabalho faz-me muito mais confusão. Que percentagem média dos lucros da actividade económica revertem para os trabalhadores? Globalmente e por países. Isso é que eu gostava de saber!
ResponderEliminarFalso! TOTALMENTE FALSO!
ResponderEliminarOs contribuintes pagam milhões de euros anualmente, para o futebol. Basta ver as verbas gastas em estádios pelo poder central ou os avultados subsídios atribuídos todos os anos pelo poder local a clubes.
... e quanto ao tal diferencial, o que verdadeiramente interessa saber é qual a parte que é reinvestida de forma produtiva, pois que é esse o motor do desenvolvimento global... essa história do capitalista de cartola que gasta em charutos e em escort service todo esse diferencial só mesmo em banda desenhada neo-realista ... e para menores de 6 anos.
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